segunda-feira, 15 de julho de 2013

Poetisando pra julho passar mansinho..

PSICOSE

A quantas anda esse inverno
Inferno quente que incendeia
Paradoxos inalterados
Que se grudam, esperneiam
Esmorecem, mas tateiam
E ficam espantados
Ao ler versos tão tórridos
Nesse oásis que não há água
Seca bruma, pele branca
Tão alva? Não mais.
Dias agourentos, confusos
De espera e desalinho
Constante ninho de proezas
Vis? Gris? Acinzentados como a morte
Tão contentes quanto a sorte
De nascer outrora
Desencarne da carne
A alma que ora
Clama nas chamas veementes
Do elo desfeito, refeito, sem jeito
Perda instantânea da calma
Estouro ardente de palavras febris
Ignóbeis, inúteis
Mártir de falsa luta
Dementadas malícias que ultrapassam
O belo da aurora
Que o poente rarefeita e entristece
Afugentada lama
De fétida aparência
Que altera, proclama
A paz que jaz calada
Em calda alada e nua
Cansada, absorta, inexata
Na penumbra, insensatez!

Christyene Faleiros

Nenhum comentário: