domingo, 16 de setembro de 2012

Erasmo de Roterdã e seu Elogio a Loucura

Erasmo de Rotterdam, em 28 de outubro de 1466. Ele foi um teólogo e um humanista que viajou por toda a Europa. Erasmo cursou o seminário com os monges agostinianos e realizou os votos monásticos aos 25 anos. Continuou seus estudos na Universidade de Paris. Foram-lhe oferecidas várias posições de honra e proveito através do mundo académico, mas ele declinou-as todas, preferindo a incerteza, tendo no entanto receitas suficientes da sua actividade literária independente. Erasmo retornou a Basileia, a sua casa mais feliz, em 1535, após ausência de seis anos. Lá, de novo entre o grupo de académicos protestantes que eram seus amigos de longa data, e sem ter qualquer contacto que seja conhecido com a Igreja Católica Romana, Erasmo faleceu. Durante a sua vida, as autoridades da Igreja Católica nunca o tinham chamado a justificar as suas opiniões. Os ataques à sua pessoa não foram institucionais, e os seus protectores tinham sido figuras de alto escalão. Fonte: wikipedia


Esse livro funcionou como uma lanterna - uma entidade que direcionou nosso trabalho. O lado sombrio e doloroso da loucura, todos já conhecem então escolhemos contar a estória que em breve estará nas livrarias de todo país - "Nise, Guardiã da Loucura "pelo ponto de vista dos profetas e incompreendidos. Já que ninguém dá crédito a loucura por tudo que ela faz pela humanidade, ela hoje tece elogios a si mesma. Leitura mais que contemporânea!


“O que seria da raça dos homens se a insanidade não os impulsionasse em direção ao casamento? Seria suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a loucura não suprisse as pessoas de um ímpeto vital, irracional e incoerente? Não é mérito da loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e defeituosos? A natureza, geralmente mais madrasta que a mãe, deu a todos os homens, e sobretudo aos que tem mais sabedoria, um mau pendor que os leva a desdenhar o que possuem para admirar o que não possuem, este pendor funesto que destrói todos os encantos da vida. É oportuno contar com o auxílio do Amor-Próprio; que há de mais louco do que se comprazer em tudo que se faz, e admiras-se a si mesmo? Reconhecei, no entanto, que é a essa loucura que deveis o que alguma vez fizestes de belo e de agradável. Sim, sem o amor-próprio, não há satisfação nem graça. Não há belas ações das quais eu não seja o motivo, não há ciência nem arte um pouco recomendável que não me deva sua existência. Digam de mim o que quiserem, a Loucura é difamada todos os dias, sou eu, no entanto, somente eu, que espalho a alegria sobre os deuses e homens. Se ninguém te louva, farás bem em louvar-te tu mesmo. “

                       - Erasmo de Roterdã em Elogio ä Loucura -

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